12 maio 2010

NOVO BLOG!

Com prazer e pesar apresento o novo layout do blog (migrado do blogger para o tumblr).

Prazer pois lá há menos botões e mais funcionalidade. Os posts antigos podem ser vistos trocando a página no canto inferior da tela ou, mais legal, acessando o “Archive” (coluna à esquerda), isso tudo sem categorias, um jeito bem fácil de ver os posts. Além disso, há a possibilidade de compartilhar nas redes sociais.

O pesar é pelos "amigos do blog" que estão seguindo pelo blogger.

Espero que continuem acessando pelo endereço www.eldergalvao.com

É isso. Espero que gostem.

Abraços!

Contas



18 abril 2010

Blood, sex, attraction & flamengo por Eduardo Pastore



- A única coisa que importa é passar a impressão que se tem confiança. Você passa metade da sua vida aprendendo a fingir que tem confiança.

- E depois que você aprende?

Depois de ontem, tenho uma nova teoria: as flamenguistas pesam sete quilos a mais que as outras torcedoras. Tudo bem, a teoria não é bem essa, porque isso na verdade é um fato, basta contar o tanto de mulheres flamenguistas usando tops da década de setenta que se acabam, sem mais nem menos, no meio de lautos buchos, belas e gigantescas barrigas de lama.

A minha teoria é sobre ontem. Ontem, festa vermelho-sangue, festa de São Jorge, calhou de estarem no mesmo lugar todos os meus potenciais affaires. Pelo menos as garotas que mais ocupam espaço na minha agenda mental. Como o livro que estou lendo atualmente é sobre a teoria da aleatoriedade, consideraria que este evento foi, do ponto de vista da probabilidade, razoavelmente raro. Não fosse o fato de não haver outra coisa a se fazer na cidade além daquela balada.

Esse encontro, portanto, era bastante previsível, levando em conta o que aconteceu antes do evento:

  • O Flamengo foi campeão.
  • O Jorge Ben Jor, com todos os seus hinos flamenguistas, fez um show logo após a vitória.
  • Eu e Benezão no camarote open beer desse show – bem, isso aqui era absolutamente imprevisível.

Estavam lá duas Fernandas, além da garota mais fantástica da academia, e a minha avaliadora da academia. Não que a avaliadora fosse realmente um flerte, mas eu boto na conta porque passei a ter ótimos pensamentos em relação a ela, depois que ela me mandou fazer abdominais, e se sentou nas minhas pernas para eu não mexê-las.

Tudo começou com uma das Fernandas. A minha amiga me puxou e falou: “vai lá, e lasca um beijo nela. Mulher gosta de atitude”. Assim, de memória, já ouvi essa frase sobre atitude de todas as mulheres que eu conheço. Então eu parei para pensar.

O mundo é bastante caótico. As pessoas, depois de um tempo, vão se endurecendo para sofrerem menos com a bagunça do mundo. A balada é um espaço para as pessoas abrirem mão por umas horas de suas armaduras, e quem sabe, se divertirem com alguém. Obviamente, não conseguem se livrar da dureza habitual, porque afinal a balada é também bastante bagunçada.

Pode-se afirmar que a balada, segundo a teoria da aleatoriedade, é um legítimo cassino. Uma sucessão de eventos ao bel-prazer da fortuna, jogos aleatórios. Quanto mais você apostar, mais chance terá de ganhar. A vitória também depende da qualidade da aposta. O “THE GAME - A Bíblia da Sedução”, serve, em poucas palavras, para você melhorar a qualidade da sua aposta. Aliás, há uma lacuna neste livro, um capítulo faltante sobre abordagens em shows e lugares barulhentos no Brasil. Simplesmente um brasileiro tem pouquíssimos segundos entre fazer uma apresentação genial e alcançar os lábios da garota.

Ou então, sem apresentação genial e nem nada, levantar a mão, sorrir, pegar a garota pelo braço e beijá-la como um altivo Marco Antônio (ver o seriado ROMA - HBO). Atitude, por conseguinte, é isso.

Segue disso tudo que eu, em exímia falta de atitude, perdi a primeira, e depois a segunda Fernanda. Defendo-me: não tive estômago para encarnar o general romano. Estava me divertindo bastante abrindo alas entre os flamenguistas para o Benézão desfilar seus grandes passos carnavalescos.

Encontrei a garota mais fantástica da academia sendo bombardeada por três caras ao mesmo tempo. No meio de toda aquela balburdia, ela ainda me viu, se safou dos caras, e veio trocar um oi comigo. Descobri o seu nome e larguei-a aos leões.

A avaliadora, ao me reconhecer, chegou-se aos pulos e com um sorriso de orelha a orelha. Ignorando o fato de eu compor o salário dela, até dá para achar que ela ficou feliz ao me encontrar. Mas não dava para ignorar o 1,90m de brucutu ao lado dela, vestido de camiseta rubro-negra.

Somo à situação dois eventos. Na quarta-feira discuti o relacionamento com uma ex. É simplesmente genial você discutir a respeito de algo que não existe mais. No domingo à tarde, uma pequena que só me procura quando está de partida para os Estados Unidos, recusou minha pedida de música regada a vinho, alegando ter de arrumar as malas.

Conclusão, caros senhores: neste exato momento, não há, seguramente, mulher alguma tecendo planos de ter o velho Eduzão como marido e pai de seus filhos. Talvez uma balzaquiana que eu conheci no Gates Pub. Porém, balzaquianas são por definição meio desiludidas, então podem tirá-la da lista também.

Vocês façam as contas do enorme banho de sangue que a confluência destes eventos poderia fazer à auto-estima de um homem. Não sei por que, mas imagino a auto-estima como sendo um castor tentando construir uma represa num riacho prestes a transbordar. E para a teoria da aleatoriedade, é bastante plausível considerar um degelo na montanha num dia qualquer ensolarado, e trazer a baixo a frágil parede de gravetos.

Estranhamente, por ordem do acaso, ou não, o que senti passou longe de ser um banho de sangue. Ao que posso transmitir, senti-me como um homem que acaba de pagar suas dívidas no banco, e acaba de sair pela porta da agência e se depara com o mundo lá fora. Um alívio. E daí em diante.

Quem viu aquele filme AMNÉSIA se lembra do cara cuja doença era sua mente dar reset de 10 em 10 minutos. Ele começa a se tatuar porque tem de investigar o que aconteceu com ele mesmo, e o único lugar seguro para guardar as informações é o seu próprio corpo. A filosofia do cara é mais ou menos assim: nós temos dentro de nós mesmos mil pessoas diferentes. Um líder, um idiota, um santo, um covarde. E daí em diante. Se quisermos chegar em algum lugar, devemos escolher sempre passar o bastão para a pessoa certa. Passando todos os dias o bastão para o imbecil, a vida começa a andar para trás.

Haveria opção de, no cassino-balada, sempre passar o bastão ao general Marco Antônio? Ou seria essa uma decisão ao sabor da fortuna?

Não respondo a isso. Nem Alfie, o sedutor, que divide a vida em uma dicotomia entre liberdade e paz de espírito.

Mas se acontecer de nos livrarmos de nossos antigos laços, ou eles se livrarem de nós, temos a opção de ajustar as velas para onde quisermos. Lembrar, talvez, o gosto quente da novidade. Dançar com mais graça, mais leveza. Estarmos abertos a toda e qualquer possibilidade que a maré trouxer pela manhã. Porque apesar dos eventos serem aleatórios, quanto mais estivermos certos sobre o que queremos, menos deixaremos que as coisas nos atrapalhem.

Após o show, ao chegar em casa às duas da manhã, deparo-me com o Guilherminho, jogávamos bola na 206 Norte, nas infinitas tardes da infância. Ele tentava consertar o carro, e eu pergunto o que aconteceu, se queria ajuda. Ele falou: “já acabei, é que a garrafa de guaraná 2 litros que segura o trilho do banco do passageiro se soltou. Estava indo ali comprar cigarro, porque já viu, tô comemorando o Mengão, só vou dormir daqui umas duas horas, e o cigarro acabou. Vou indo! Bom te ver com esse seu sorriso no rosto. Vamos tomar uma gelada qualquer dia!”

Lembrei das flamenguistas. E daí em diante.

E DEPOIS?

Diálogo entre Neil Strauss e seu último guru. O guru nunca se proclamou como tal. Estava agora velho, casado e feliz. Em seu tempo, voara abaixo do radar. Um verdadeiro sedutor.

- A única coisa que importa é passar a impressão que se tem confiança. Você passa metade da sua vida aprendendo a fingir que tem confiança.

- E depois que você aprende?

- Depois você morre.


Eduardo Pastore é administrador, músico e recebe conselhos filosóficos de Pec, seu cachorro.

22 fevereiro 2010

Volta ao Treino

Ilustração para Revista Runner's World, fevereiro de 2010

18 fevereiro 2010

Auto-ajuda


19 janeiro 2010

Janeiro

MOTIVO


Eu canto porque o instante existe

e a minha vida está completa.

Não sou alegre nem triste:

sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,

não sinto gozo nem tormento.

Atravesso noites e dias

no vento.

Se desmorono ou edifico,

se permaneço ou me desfaço,

- não sei, não sei. Não sei se fico

ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.

Tem sangue eterno e asa ritmada.

E sei que um dia estarei mudo:

- mais nada


CecÌlia Meireles (1901-1964) - Brasil


(Série para calendário - Vânia Galvão, Salvador - BA)

05 dezembro 2009

$%&**##@*%



03 dezembro 2009

Amigos Ocultos



27 novembro 2009

Te quiero!

21 novembro 2009

Broxante...



15 novembro 2009

Ufa... agora tô mais tranquilo

12 novembro 2009

Revista Mundo Estranho


Ilustração para a Revista Mundo Estranho, n93, Editora Abril

24 outubro 2009

Suor sagrado







22 setembro 2009

Série para campanha "Todo Mundo se Encontra na Hora do Tapeo" - Bar Parrila Madrid



05 setembro 2009

É a união no ambiente de trabalho

Clique na imagem para ampliá-la!

29 agosto 2009

Afinal, quem ele pensa que é?!

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23 agosto 2009

Agora é pra valer!

19 agosto 2009

Athim!!!!!!

17 agosto 2009

Se é pra agilizar...

15 agosto 2009

A noite é uma guerra!